A Rússia dos anos 90 era uma Rússia que se abria ao mundo. Depois de décadas de uma ditadura comunista e de uma economia planificada e completamente fechada (razão pela qual não sofreu com o crash de 29, por exemplo), era tempo de aquela grande potência se abrir e se tornar mais "ocidental". O período da Guerra Fria estava terminado com a URSS desmontada e o Muro de Berlim derrubado.
Nos últimos anos, aqueles que eram os grandes apoios da Rússia, as nações-satélite, começaram a aliar-se ao inimigo, entrando para a NATO e para a União Europeia, o que foi deixando a Rússia com cada vez menos margem de manobra, motivo da perda de estatudo de superpotência deste vasto território. Apesar disso, a Rússia dos últimos anos, ou melhor, a Rússia de Putin, porta-se como se da URSS de Estaline se tratasse. Não são poucos os casos que o demonstram e basta olhar para a recente invasão da Geórgia (país muito próximo dos EUA) e para a instalação de armamento na Venezuela de Chavez. Não sei onde é que a Rússia quer ir, mas Condeleeza Rice parece ter razão ao dizer que esta está encaminhada «para o isolamento e à irrelevância».