A máfia da blogosfera
28
Set 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 19:16link do post | comentar
Esta semana o escolhido para Blog Catita é O Anónimo, de J.M. Coutinho Ribeiro. É um blogue que, como os dois anteriores, alia uma escrita muito boa a um aspecto bastante agradável. É um prazer ler O Anónimo e por isso o nomeio Blog Catita desta semana.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 18:15link do post | comentar | ver comentários (1)
...tira sempre a melhor parte, já lá diziam os antigos que nestas coisas nunca se enganavam e raramente tinham dúvidas. Pois o caso é o seguinte: um grupo de pessoas ao longo de décadas andou a pegar no dinheiro de todos e a atribuir casas a custos controlados a pobretanas como o Baptista-Bastos, sem qualquer respeito pelos critérios: a cunha na sua melhor forma. O mais estranho de tudo isto é que ainda não ouvi desmentidos, demissões nem pareceres dos líderes partidários. Porque será?
Cada vez me convenço mais que a classe política portuguesa é toda uma escória que merecia apenas um Marquês que os pusesse num barco a navegar no vazio do Atlântico. É vergonhoso que coisas como esta sejam consideradas "normais" e vão passar, obviamente e como todos os casos que envolvem personagens dessa grande telenovela que é a política nacional, impunes. Querem saber a coisa mais extraordinária de tudo? Eu digo à mesma: os casos anteriores a 1998 nem sequer poderão ir a julgamento por, segundo a lei penal, estarem já prescritos. Cambada, pá!

publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 12:47link do post | comentar
A democracia está corrompida. E isto não acontece em Portugal, acontece em todo e qualquer lado onde exista democracia. O poder, em vez de ser utilizado como um meio para atingir um determinado fim, o bem-comum, é utilizado como um fim em si mesmo, como um modo de estar na ribalta, de projectar carreiras e de ter pão na mesa. Os princípios ideológicos são apenas máscaras para subir nas sondagens, máscaras que rapidamente se mudam ao sabor da maré. Os progressistas tornam-se conservadores e os conservadores progressistas se necessário, tudo a bem de mais um ponto nas preferências dessa massa difusa a que se chama, no meio, eleitorado. Falo disto a propósito do casamento entre homossexuais. Esta questão é a prova de tudo acima escrito. Existem pessoas no país que se vêem discriminadas, com direitos condicionados pela orientação sexual que tão cedo não verão a situação resolvida pelo simples motivo de a solução não ser "consensual na sociedade". A maioria sobrepõe-se à ética. O poder sobrepõe-se ao bem-comum. E assim vai a democracia, pelas ruas da amargura. Hoje e sempre.

26
Set 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 12:01link do post | comentar | ver comentários (1)
Mandato manchado até ao fim, de Pedro Correia no Corta-fitas.
À beira do fim do mandato, George W. Bush confirmou a sentença de morte de um militar – o primeiro a ser executado desde 1957 nos Estados Unidos, onde é necessária a expressa autorização presidencial para consumar uma sentença capital de um membro das forças armadas, tenha cometido o crime que tiver. Bush desenterra assim uma tradição que estava suspensa desde o mandato do Presidente Eisenhower, o último militar a habitar a Casa Branca. (...)

25
Set 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 15:52link do post | comentar | ver comentários (2)
Esta miúda tem muito valor. Conseguiu sair do anonimato, lutando pelo seu sonho: o de cantar. É um exemplo para qualquer pessoa que tenha sonhos. Empenhou-se, foi inovadora e venceu. Palminhas, Ana Free!

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24
Set 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 18:35link do post | comentar | ver comentários (4)
Eu sou a favor da liberdade do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Não, não sou do Bloco e muito menos dos Verdes. Aliás, penso sinceramente que é incompreensível o posicionamento de alguma da nossa política sobre esta questão. Felizmente vivemos numa democracia em que, em teoria, reina a liberdade, logo, não vejo qualquer fundamento para que a lei não permita um casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. A base é simples: uma lei serve para regular a sociedade, de modo a que uma pessoa ou um grupo de pessoas não cause danos ao resto. No caso do casamento entre homossexuais, não se verifica qualquer dano causado à sociedade, a não ser o mal-estar provocado nos homofóbicos.
Mas, apesar de o casamento entre homossexuais ser uma questão de liberdade e direitos, não se pode colocar, como alguns fazem pela blogosfera, no mesmo saco do aborto. Isto para muitos parecerá estranho, mas, ao contrário da nossa sociedade estereotipada entre "progressistas" e "conservadores", eu sou a favor do casamento entre homossexuais e contra o aborto. E passo a explicar porquê. Enquanto que o casamento entre homossexuais não lesa, tal como disse acima, qualquer terceiro, o aborto já o faz. Muitas pessoas colocam o aborto no pacote dos "direitos, liberdades e garantias", o que é errado. O aborto, ao contrário do casamento entre homossexuais, põe em causa os "direitos, liberdades e garantias" de terceiros, razão pela qual não pode ser uma coisa à margem da lei. Bem sei que muita gente que defende o aborto insurge-se pela liberdade da mulher em fazer o que quiser com o seu corpo, o corpo é dela, logo, dentro dele passa-se o que ela quiser. Falácia. A casa em que estou agora é minha, logo, dentro dela passa-se o que eu quiser, se isso passar por matar alguém, não há problema. Existem muitos outros argumentos disparatados por aí a circular, mas rebatê-los é coisa para ensaio e não para post aqui.
A terceira e última questão fracturante sobre a qual queria escrever é a eutanásia. Sou contra. E o motivo é simples. A eutanásia, como o caríssimo leitor certamente saberá, é a morte medicamente assistida (causada). Ou seja, um doente numa determinada situação pode pedir a um médico que, literalmente, o mate. Para mim é ilegítimo fazê-lo por uma simples razão, o doente pode tratar do assunto sozinho. O que quero dizer com isto é que é ilegítimo que alguém peça para que o matem quando se pode matar a si próprio (o suicídio ainda não é crime). Matar é eticamente condenável para a larga (larguíssima) maioria da população, ou seja, matar alguém, mesmo que doente, deve causar algum transtorno ao profissional de saúde que tem todo o direito a zelar pela sua sanidade mental.
E pronto aqui estão os meus posicionamentos em relação às grandes questões fracturantes que assolam esta ocidental praia lusitana.

publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 18:04link do post | comentar
Ouvi esta música há uns dias e apaixonei-me. É aquilo a que chamo, perdoem-me, arte. A música chama-se "Só Malucos", é dos Black Company com a Adelaide Ferreira. Na música faz-se uma mistura explosiva de hip-hop, tango e uma pitada de fado. Vale a pena ouvir.

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publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 15:35link do post | comentar | ver comentários (2)
Uma coisa que me incomoda num governo é quando este não tem uma estratégia. Incomoda-me muito mais ver um país inteiro sem estratégia. E é assim que vai o nosso há mais de trinta anos. Não existem metas, não existem horizontes, não existem ideias. A governação trata-se tão-só da resolução dos problemas do dia-a-dia. Vem um dinheirito da UE? Vamos ali ao centro comercial ver onde o gastar! E assim se gastam largas somas de dinheiro em aeroportos, em estradas, em planos tecnológicos da treta. Assim se manda dinheiro ao lixo. O problema é que nunca passou por S. Bento alguém que soubesse o que devia fazer. Isto surgiu-me entre outras coisas por causa do programa e-escola/e-escolinha.
Há uns meses atrás alguém no Ministério da Educação teve a feliz ideia de criar um programa super inovador que permitisse aos jovens do 10º ano adquirir um computador "low cost" com desconto no serviço de Internet móvel. Na altura pareceu-me bem, no secundário é fundamental a utilização de computador e se o governo conseguia "arranjar" tais preços, porque não? Depois alargou-se o programa a todo o secundário. Nada de mal a dizer, aliás, ser apenas para o 10º ano deixava toda a gente a pensar "porque raio é que os de 11º não podem?". Depois veio o Carnaval. De um momento para o outro, não só o e-escola se tinha alargado ao ensino preparatório como se tinha criado um e-escolinha para o ensino primário. Campanhas de propaganda e divulgação. "Portugal, Portugal, entrámos finalmente no século XXI!".
Eu não sei se a atribuição de tais computadores foi uma coisa boa ou má. A questão é outra. Este programa vai envolver muitos meios que vão ser fornecidos pelo amável contribuinte (directa ou indirectamente, porque o dinheiro da UE vem, pasmem-se, do IVA pago em todos os países europeus, entre mais outras fontes), logo, é muito sério o que se está a fazer. Está a utilizar-se uma larga quantia de dinheiro num projecto e a não gastar essa quantia noutros, o que implica que o primeiro seja melhor que os outros. O grande problema, como sempre, é que ninguém sabe se o projecto é ou não melhor e isto deve-se ao facto de não ter havido a possibilidade de avaliar a medida. Quando o computador estava disponível apenas no secundário, devia ter-se parado por aí, de modo a analisar como é que o sucesso e a aprendizagem evoluíam: "será que os computadores novos vieram melhorar o estudo dos alunos portugueses?" seria a questão a colocar passados alguns anos de e-escola. Se a tal pergunta a resposta fosse "sim", então, avançar-se-ia para uma nova fase, em que o programa se alargaria ao ensino preparatório e por aí em diante. Se a tal pergunta a resposta fosse "não", então, o programa acabava e utilizavam-se os recursos para outras coisas.
Com toda esta história dos computadores só me vejo a pensar, será que a escola pública portuguesa já está boa o suficiente para irmos para esse patamar? Será que já existem nas escolas os "bens essenciais" para nos lançarmos a comprar os "bens supérfluos". Será que faz sentido comprar o perfume sem ter o sabonete?

23
Set 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 17:23link do post | comentar | ver comentários (2)
No Manifesto, Marx e Engels falam mal que se fartam da burguesia. Mas se os proletários tomassem conta do processo produtivo, não se tornariam também eles burgueses? Para além disso, sem burguesia, havia proletariado para ditar? O Marx deixa-me confuso.

publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 16:15link do post | comentar
Somos um país pequeno. E não é por termos apenas noventa mil quilómetros quadrados. A nossa pequenez vem do facto de não sermos capazes de ficar contentes connosco próprios, de nos orgulharmos dos nossos feitos e conquistas. Falamos com desprezo dos Descobrimentos, que considero um dos períodos mais importantes da História, comparável à Revolução Industrial ou à Renascença. Poucos ou nenhuns de nós lacrimeja quando ouve cantos dos Lusíadas ou mensagens da Mensagem. Poucos de nós se arrepiam, se levantam e põem a mão no peito quando ouvem A Portuguesa, mesmo que estejam sozinhos no recato do lar. Somos um país pequeno porque não somos capazes de nos orgulhar da nossa grandeza. Não ouvimos os políticos portugueses fazer discursos inflamados a dizer que "conseguimos", a dizer que devemos trabalhar para o país e não esperar o contrário. E não os ouvimos fazê-lo porque sabem que connosco não pega. Mas não foi só isto que me fez escrever este "manifesto ao patriotismo". Foi o facto de desprezarmos os excelentes cientistas portugueses que pelo mundo vagueiam a fazer investigação nas universidades que não são as nossas. Foi o facto de o Pinto da Costa aparecer mais nos telejornais que todos os escritores portugueses juntos. Foi o facto de ouvir constantes notícias sobre fábricas estrangeiras a fechar em Portugal e não ouvir as notícias sobre as fábricas portuguesas que abrem no estrangeiro. Foi o facto de estarmos simplesmente moldados para nos odiarmos, a nós e ao nosso povo, à nossa raça. Desculpem o desabafo, mas estava cá preso e pronto para sair.

22
Set 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 18:28link do post | comentar | ver comentários (4)
A Deco está a organizar um protesto que vai consistir em não abastecer os automóveis durante o próximo Sábado. Não vejo vantagens, apenas adivinho as bombas de gasolina completamente cheias no Domingo.

21
Set 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 10:26link do post | comentar | ver comentários (4)
Nesta segunda edição do prémio "Blog Catita", escolhi o Sete Vidas Como os Gatos para vencedor. É um blogue excelente escrito por Rui Vasco Neto, que não se resume apenas às politiquices do costume e que, claro está, tem um aspecto visual irrepreensível. Para além de tudo isto, está a celebrar um aninho, o que é muito bom nos dias que correm. Parabéns!


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 10:14link do post | comentar
Manuel Alegre é para mim um exemplo. Não nos ideais, mas na forma de tratar a política. Pertence ao PS desde que o PS existe e nunca se deixou levar por dogmas partidários e nunca esteve presente apenas para marcar presença. É coerente com os seus princípios, os socialistas, e não altera as suas posições apenas afim de agradar à direcção ou ao eleitorado. Mandou uma chapada de luva branca à JS há dias, o que aplaudo, e outra a todos os "progressistas socialistas" quando se opôs à disciplina de voto que a direcção do PS queria impor no debate sobre o casamento entre homossexuais. É refrescante ver que ainda há alguém que não defende posições que não são as suas com argumentos nos quais não acredita e que apenas formulou por encomenda. É bom saber que ainda existe um político na política portuguesa, mais houvesse.

20
Set 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 20:48link do post | comentar | ver comentários (2)
José Sócrates no comício de rentrée política do PS.


Barack Obama na Convenção Democrata em Denver.

O slogan é o mesmo, a imagem e o tipo de comício também. Eu não percebo muito de marketing, mas a jogada é perigosa e as críticas podem vir de qualquer lado. Tolo, Sócrates, tolo.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 13:57link do post | comentar
Francisco José Viegas n' A Origem das Espécies.

Um deputado social-democrata moderninho diz que a nova lei do divórcio é «uma inovação» no País face à legislação europeia. Pode ser. Mas o espírito das leis é uma coisa – e a aplicação é outra. O legislador (o Parlamento, enfim) devia pensar no assunto em vez de aprovar leis feitas para um mundo ideal onde habitam pessoais ideais e em condições ideais. Nunca é assim. As pessoas concretas, os seus problemas e a maldade habitual acabam por lutar contra as leis para serem mais felizes ou aproveitar-se delas para passarem adiante. Pode ser que eu esteja a ser conservador mas não tenho medo da palavra; simplesmente, basta imaginar divórcios litigiosos concretos (agora exterminados por diploma) para perceber que quem vai sofrer são os mais fracos. Neste caso, as mais fracas.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 10:55link do post | comentar | ver comentários (3)
Joaquim Sá Couto escreve no Portugal Contemporâneo:

Portugal tem médicos a mais. Já sei que esta observação não me vai trazer nenhum prémio de popularidade, mas também não é esse o meu propósito. Portugal tem cerca de 340 médicos por 100.000 habitantes e a média da OCDE é de 310.Temos tantos médicos, em percentagem da população, como a França, a Dinamarca, a Finlândia ou a Itália. A Espanha, aqui ao nosso lado, tem apenas 330 médicos por 100.000 habitantes e os países anglo-saxónicos têm menos. O RU tem 250 e os EUA têm 240. (mais)


19
Set 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 23:08link do post | comentar
Estava eu pelo Youtube a ver umas coisitas quando encontrei um fantástico documentário da BBC sobre o período posterior à Segunda Guerra Mundial em Inglaterra, sobre a ascensão dos trabalhistas, sobre as retaliações de Hayek, Fisher e Harris e sobre a fundação do Institute of Economic Affairs. Deixo-vos aqui:


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 23:08link do post | comentar
A crise dos mercados financeiros que estamos neste momento a ultrapassar é motivo mais que suficiente para preocupar gente da esquerda à direita: existem empresas infalíveis a falir, existem dezenas ou até mesmo centenas de milhar de pessoas no desemprego, existe um completo clima de medo de voltarmos a ter uma quinta-feira negra. Mas existe muito mais que isso.
Por toda a blogosfera, televisão, rádio ou jornais vemos e ouvimos pessoas que de Economia nada sabem (a não ser as contas lá de casa, que por si só já é qualquer coisa, mas não chega) proferir sentenças de morte ao capitalismo e à sociedade tal como a conhecemos. Nos últimos dias fiquei a saber que o ser humano é ganancioso e que esta crise é resultado disso, fiquei a saber que o capitalismo morreu, fiquei a saber que o modelo social actual vai sofrer uma mudança radical, enfim, fiquei a saber que tudo aquilo que conheço passará a ser diferente, eu diria mesmo, desconhecido. Pois, mas é mentira. Tudo isso é mentira. O capitalismo não morreu, teve apenas uma gripe, acontece por causa dos ar-condicionados e das mudanças de estação.
Em traços muito gerais, e para aqueles que dizem que a intervenção do governo americano é a prova de que o marxismo voltou e que só o estado consegue tratar de tudo como deve ser, o que aconteceu foi que o mercado foi infectado pelo vírus do subprime (crédito de alto risco). Este vírus fez-se sentir porque a banca norte-americana começou a conceder créditos a pessoas e empresas que depois não pagaram, como tal, as casas foram penhoradas. Como foram concedidos imensos créditos e imensos créditos ficaram por pagar, acumularam-se casas vazias prontas para um comprador que não existia. A oferta superou a procura e o preço baixou. Como o preço baixou, a venda das casas por parte dos bancos não conseguiu saldar as dívidas, ou seja, houve imensos prejuízos. Com os prejuízos iniciais vieram as falências e os despedimentos actuais. A crise tornou-se maior do que o que era esperado e havia simplesmente duas opções: esperar que uns dias de cama e uns chazinhos tratassem da gripe ou então, a custo, ir ao médico pedir um medicamento. Optou-se pela segunda e o governo federal americano começou a comprar empresas em dificuldades (como a Fannie, o Freddie ou a AIG) e começou a destruir o vírus, de modo a que o mercado ficasse saudável novamente. Neste momento as bolsas já estão em alta outra vez, aliás, o PSI-20 teve a maior subida diária de sempre, o que é um belo indício que as coisas poderão melhorar brevemente. Desculpem desiludir-vos, mas vai tudo ficar como está.

18
Set 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 17:18link do post | comentar | ver comentários (3)
A Rússia dos anos 90 era uma Rússia que se abria ao mundo. Depois de décadas de uma ditadura comunista e de uma economia planificada e completamente fechada (razão pela qual não sofreu com o crash de 29, por exemplo), era tempo de aquela grande potência se abrir e se tornar mais "ocidental". O período da Guerra Fria estava terminado com a URSS desmontada e o Muro de Berlim derrubado.
Nos últimos anos, aqueles que eram os grandes apoios da Rússia, as nações-satélite, começaram a aliar-se ao inimigo, entrando para a NATO e para a União Europeia, o que foi deixando a Rússia com cada vez menos margem de manobra, motivo da perda de estatudo de superpotência deste vasto território. Apesar disso, a Rússia dos últimos anos, ou melhor, a Rússia de Putin, porta-se como se da URSS de Estaline se tratasse. Não são poucos os casos que o demonstram e basta olhar para a recente invasão da Geórgia (país muito próximo dos EUA) e para a instalação de armamento na Venezuela de Chavez. Não sei onde é que a Rússia quer ir, mas Condeleeza Rice parece ter razão ao dizer que esta está encaminhada «para o isolamento e à irrelevância».

publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 17:18link do post | comentar
Nos últimos dias tivemos dois episódios dignos de referência na Assembleia da República. O primeiro foi o que envolveu Paulo Rangel quando este disse que o PSD iria abster-se de forma construtiva na questão do divórcio por decisão unilateral, tudo porque este diploma tinha umas coisas boas e outras más. Depois veio o PS, mais precisamente o primeiro-ministro, dizer que, apesar de ser a favor, a bancada parlamentar ia votar contra o casamento homossexual por esta questão não constar do Plano de Governo. Tudo isto fez-me lembrar aquele clip dos Gato Fedorento a gozar com as incoerências de Marcelo Rebelo de Sousa a respeito do referendo ao aborto.


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